sábado, 14 de junho de 2014

[Resenha] O Capitão Saiu Para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio

Sinopse: Publicado quatro anos após sua morte em 1994, este livro é praticamente um testamento literario e filosófico do velho mestre Charles Bukowski. São trechos do seu diário selecionados por ele mesmo entre 1991 até poucos dias antes de morrer. Dramático, na medida em que mostra a aproximação do fim, O Capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio é, também, puro Bukowski: seco, cético, maldito e maravilhosamente bem-escrito.

Inicio o texto com uma das frases que capturei de um dos textos do livro;

"Nunca quis fama ou dinheiro. Quis escrever do jeito que queria, só isso."

O livro é um aglomerado de histórias tiradas do diário do velho Buk selecionados por ele pouco antes de sua lamentável morte. Sem seu personagem de outros livros Henry Chinaski, Bukowski conta  parte dos seus dias no hipódromo, os visitantes que queriam vê-lo e beber com ele e sua mulher Linda, as mentiras que contavam para poder tirarem foto junto dele ou ao menos beber junto com ele.

De todas as histórias que li neste livro, uma que me chamou muito a atenção foi a última. Ao longo da metade para o final do livro foi ficando um tanto quanto mais cético e melodramático mas muito bom. Anotei um bocado de frases, abaixo deixo algumas:

"A imortalidade é uma estúpida invenção dos vivos."

"Talvez pensemos demais. Sinta mais, pense menos."

"À medida que vivemos, caímos e somos destroçados por várias armadilhas."

E é com essa frase do livro que encerro este texto:

"E, pior, algum tempo depois de estar morto, vou ser verdadeiramente descoberto. E todos aqueles que tinham medo de mim ou que me odiavam quando eu estava vivo vão subitamente me aceitar. Minhas palavras vão estar em todos os lugares."

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